Deixo link para artigo de opinião, da minha autoria, publicado no site do Região Sul. Aceitam-se criticas e comentários ao artigo.
Os casos de violência e de abusos
para com crianças das últimas semanas, só vieram mesmo agravar uma situação, já
de si grave e preocupante.
Aos olhos de muitos, as situações
de violência, e em alguns casos que acaba mesmo na morte trágica de uma
criança, não seriam possíveis de acontecer, mas infelizmente são bem reais e
até podem estar bem perto de nós. Muitos me têm perguntado, como é possível um
Pai ou uma Mãe fazer isto a um filho? É uma pergunta que fica sem resposta,
pois estes atos são de uma tamanha malvadez e estranheza que não podem, nem têm
qualquer explicação.
Os últimos acontecimentos exigem
de todos os portugueses uma voz ativa, uma maior atenção para o que nos rodeia,
para as crianças e jovens que todos conhecemos e reconhecemos como em risco. As
escolas, os professores, os educadores, e todos os cidadãos em geral têm de
perder o receio de relatar a quem de direito as situações que têm conhecimento,
e até o podem fazer no anonimato.
Atenção já não se pede, neste
momento exige-se de todos nós !
Também é imprescindível que, de
uma vez por todas, o Estado português assuma o seu papel e possa dar a todos os
organismos que têm a responsabilidade infantil, formas e meios para combater e
ajudar as crianças e jovens em risco. Basta ler o que tem sido descrito e
relatado por quem trabalha e acompanha as inúmeras Comissões Proteção Crianças
e Jovens em Portugal – são por vezes milhares de processos, que sem técnicos
são impossíveis de dar seguimento e sobretudo de tentar resolver.
E agora, como agir perante tanta
violência sobre as Crianças ?
A resposta vai ficar em aberto,
mas urge agir e agir e agir, já chega de passividade perante casos após casos
de violência sobre as Crianças.
Não será suficiente, mas foi com
enorme satisfação, e posso dizer alguma expectativa, que li no comunicado do
Instituto de Apoio à Criança, da intenção de propor ao Governo a criação de um
Plano Nacional de Prevenção e Combate à Violência sobre as Crianças. Pelo que
conheço, e tenho acompanhado, do trabalho deste instituto, tenho a certeza que
vai ser um plano real, mas sobretudo de aplicação possível. Espero ansiosamente
para ler o plano.
João Bárbara
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