Artigo de opinião, da minha autoria, publicado no site do Região Sul
Sou um forte defensor da Vida, Sou pela Vida e pela
dignidade infinita do Ser humano.
Nas últimas semanas, muito se tem falado, muito se tem
escrito e muito se tem pensado e discutido sobre os casos de gravidez em
crianças de 12 e 13 anos. Não consigo deixar de pensar que não consigo encarar
estes casos com certezas – existem sim, muitas incertezas e dúvidas.
Uma menina de 12 anos grávida, aparentemente do padrasto. Outras
da mesma idade, grávidas por violação ou por exposição à prostituição.
Existem muitas dúvidas, principalmente nas questões éticas e
morais. Logo deu origem ao extremismo, de um lado e outro. Como se a vida da
menina e do bebé pudesse e devesse ser decidido por umas palavras escritas, sem
sentimento e sem vida.
Esta criança sofre com o infortúnio de ter tido uma família
que não soube cuidar dela, de uma sociedade que não soube protege-la, tendo
levado a este dificílimo caso. Trata-se de uma criança fragilizada, que já tem
na sua memória as violações que terá sofrido. Não podemos, de forma alguma,
esquecer que se trata de uma criança que ninguém cuidou, que ninguém tratou e
que ficou grávida fruto de relações não consensuais, aparentemente com um
adulto.
Todos estes casos revela o pior que existe na nossa
sociedade. Por isso mesmo, arrisco-me a dizer que somos mesmo todos culpados,
uns porque nada fizeram, outros porque nada disseram, outros porque ignoraram e
outros porque não foram capazes de observar os sinais ocultos que vinham de
todas estas crianças.
Sou um defensor da Vida, por isso diariamente promovo a Paz
que nasce da Justiça, promovo a solidariedade com os mais desprotegidos, luto por
melhores condições de vida para todos e sobretudo para valorizar cada um de
nós, cada cidadão, por aquilo que é e não por aquilo que aparenta.
Seja qual for a decisão para estas meninas, e para todas as
outras não faladas, apenas posso esperar que os técnicos possam ajudar e
orientar o melhor possível.
Que todos estejamos atentos ao que se passa à nossa volta,
que não tenhamos receio do que vemos e que possamos ajudar todas estas crianças
e jovens.
João Bárbara
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