Entendo que hoje é o melhor dia para
apresentar este conjunto de palavras. Não vai de certeza surpreender ninguém,
mas com o aproximar do próximo fim de semana, entendo que devo deixar estas
notas.
Tudo na vida tem um princípio e um
fim. A começar logo pela própria vida, passando pelo lado sentimental da
amizade e do amor e até às vezes as promessas que julgamos eternas. A política
não pode, e não é exceção a uma das mais simples lei da natureza.
Enviei a minha carta de desfiliação
política ao CDS, foi esta a melhor forma de cortar um 'cordão' que durava desde
13 de Março de 2008 e acabo assim com o que restava de ligação ao partido onde
militei ativamente.
Cresci neste partido, aprendi, gostei
e desgostei. Conheci muitas pessoas, algumas que considero meus amigos. As
razões deste meu pedido são pessoais e já foram discutidas o suficiente para
ter deixado algumas marcas ... Sei que deixo amigos, e outros pouco amigos, mas
a vida é feita disto mesmo - nem sempre podemos aceitar e ser aceites por
todos. O importante é mantermos o respeito, e isso sempre foi o ponto principal
para mim.
Os meus passos no CDS começaram por
ser uma coisa natural, o poder ter opinião, tomar posição, defendê-la mesmo quando
solitário. Saber de onde vimos, onde nos posicionamos e para onde vamos. Saber
sempre entrar, estar e sair. É o mais natural. Para simples, mas é tudo menos
isso.
Participei em campanhas, movimentos,
lutas e reuniões. Não fugi a nada, andar pelas ruas em campanha, a colar
cartazes, a pendurar pendões, a envergar uma camisola aprendendo a não ter
vergonha nem medo de o fazer. É verdade que entrei no partido numa altura de
abertura à sociedade, e optei por sair numa altura em que acho que essa mesma abertura
mudou - pode ser problema de falta de democracia interna no CDS, em que nem
tudo é claro e às claras - estava então na altura de sair e de virar a página
para um novo capítulo.
Obrigado a todos, FUI !
Mudança, palavra esta que sempre
criou um mal estar, embora não perceba muito bem porquê.
Sempre cultivei que não basta ter uma
posição: é preciso defendê-la, vivê-la, habitá-la. No fundo, ser Cidadão, que o
voto é um direito obrigatório, que somos responsáveis por Nós e pelos outros. A
política começa na porta da rua, no vizinho, no amor à terra onde nos
enraizamos. E que daí, à região ou à nação é apenas uma questão de tempo e de
dimensão.
E, contrariamente ao que alguns dizem
e pensam, encontrei no NÓS CIDADÃOS o espaço, o grupo, o movimento que
procurava sem o saber. Um grupo onde a democracia é uma realidade, onde existe
apenas um grupo de Cidadãos que defende, com unhas e dentes, os interesses da
nossa sociedade e dos seus Cidadãos. Não existe essa coisa da direita e da
esquerda, mas sim um conjunto de idéias para melhorar e ajudar Portugal.
Vou integrar o NÓS CIDADÃOS de coração, convicto
das palavras do Manisfesto de Lista A, que subscrevo
na integra. Sabe bem integrar um partido que quer trabalhar para o bem comum, servir
Portugal e não servir-se, que quer lutar pelas pessoas e com as pessoas e
sobretudo dá voz a uma verdadeira Cidadania de quem não se revê nos partidos
existentes.
A todos: seguimos na vida e procuramos sempre o que pensamos ser
melhor para Nós.
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