[artigo de opinião] A Cidadania é de todos e para todos!
Caros amigos e amigas,
Quero deixar-vos um artigo da minha opinião, da minha autoria que foi publicado hoje no Jornal Barlavento, com o título "A Cidadania é de todos e para todos!".
Pode ser lido na integra, no site do Barlavento.
Quero deixar-vos um artigo da minha opinião, da minha autoria que foi publicado hoje no Jornal Barlavento, com o título "A Cidadania é de todos e para todos!".
Pode ser lido na integra, no site do Barlavento.
A Cidadania é de todos, e para todos!
As pessoas mudam, os seus corpos
mudam, as suas formas de ser e de estar mudam. Sabemos que não fomos sempre
aquilo que somos hoje e devemos por isso reconhecer que a mudança faz parte de
nós próprios.
Compreender esse processo de
mudança é a capacidade que o ser humano tem de adaptar, de aceitar a mudança
como algo positivo, como algo impulsionador da vida. A simples mudança, por
vezes é entendida como a recuperação de práticas do passado. E por isso mesmo,
queremos mais, queremos a rutura com situações e práticas anteriores, queremos uma
verdadeira mudança para a nossa sociedade. Queremos que todos possam intervir
na sociedade sem medos, sem receios, sem medo de mudar um paradigma que já se
percebeu não funcionar.
Só com esta mudança será possível
entendermos o significado de um verdadeiro exercício da Cidadania.
Cidadania essa que se pretende participativa,
ativa, consequente, interventiva, negligente – tenho ouvido os mais diversos
palavrões. O exercício da cidadania implica, por parte de cada indivíduo e
daqueles com quem interage, uma tomada de consciência cuja evolução acompanha
as dinâmicas de intervenção e transformação social.
É preciso que os portugueses
percebam que, só sendo mais ativos e participativos, estando presentes na vida
da sua comunidade, intervindo na escola dos vossos filhos, nas associações de
Pais e Encarregados de Educação, nos clubes e associações locais, na área
social dando minutos da vossa vida a quem mais precisa, na vida da sua cidade ou
região é possível fazer mais e melhor para Portugal. Envolvermos na vida da
sociedade em que estamos inseridos é só mais um exemplo do que de melhor
fazemos e podemos fazer.
O passado fim-de-semana foi um
bom exemplo de um ato de cidadania. Foram milhares, embora nunca os
suficientes, os portugueses que deram minutos, horas, ou mesmo os dois dias ao
voluntariado, em mais uma campanha de angariação de alimentos do Banco
Alimentar Contra a Fome. Foram dois dias intensos, posso dizer cansativos, mas
que me enchem a alma e isso ninguém me tira. Agradeço em meu nome a todos os
que prescindiram do seu tempo com as famílias para ajudar quem precisa, quem
neste momento necessita de uma ajuda.
Quantos de nós já não foram a uma
reunião da associação de pais da escola dos seus filhos e estavam presentes
4,5,6 pais! Ainda recentemente isso aconteceu numa escola de Portimão, numa
secundária com mais de um milhar de alunos, em que na assembleia geral da
associação de pais e encarregados de educação estavam presentes meia dúzia de
pais. É verdade, e até pode parecer mentira, mas compareceram a uma
convocatória feita com a devida antecedência, menos de 1% dos pais. O que
significará tamanho desprendimento e desinteresse pela vida da comunidade
escolar dos filhos? Será este o exemplo que queremos, e damos aos nossos filhos
e filhas?
A educação para a cidadania nas
escolas constitui atualmente um enorme desafio e um compromisso dos
responsáveis pela formação do público escolar. Este parece ser um assunto de
fácil trato, e em que existe consenso na nossa sociedade, mas isso não
corresponde à realidade. O facto de existirem horas escolares para o tratamento
desta temática, isso nem sempre será feito da forma mais adequada, o que pode
mesmo ter um efeito contrário ao pretendido. Urge rever e reorganizar os
currículos e tempos escolares, de forma que se possa tratar da educação para a
cidadania como um tópico importante e não prescindível. Mas, este é um assunto
com muito mais a dizer, por isso vou deixar para outro artigo, num próximo dia.
Sem dúvidas, nem receios, digam
presente!
A Cidadania é de todos, e para
todos!
João Bárbara
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